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Pedalando em Porto Alegre: como as bicicletas transformam a cidade

Há cinco anos, o psicólogo e músico Daniel Hennemann tomou uma decisão que mudou sua vida: ele adotou a bicicleta como meio de transporte. A mudança foi para melhor. Pedalar, em vez de dirigir um carro ou andar de ônibus, transformou, sobretudo, sua relação com a cidade: “O mais interessante é a sensação de liberdade que a bicicleta proporciona. Ficou muito mais fácil e rápido chegar aos lugares, e bairros que pareciam distantes passaram a ficar perto.”

#hellocidades, o projeto de Motorola que incentiva um nova relação com as cidades brasileiras, pega carona na tendência das bicicletas no meio urbano e conta um pedaço das histórias de quem vive melhor sobre duas rodas na capital gaúcha.

Daniel começou a pedalar com frequência quando foi morar em Florianópolis para cursar a faculdade de psicologia. De volta a Porto Alegre, mesmo com receio, ele se dispôs a fazer tudo que fosse possível de bicicleta. Aos poucos foi pegando gosto. E condicionamento físico também. Em sua opinião, a mobilidade urbana e a qualidade de vida teriam uma melhora substancial se o uso da bicicleta ganhasse mais incentivo dos governos. “Como estou tão perto dos carros, vejo o quanto a fumaça é tóxica, o quão estressante é o barulho dos motores, o quão alto é o som das buzinas”, diz.

Ao mesmo tempo, ele próprio também toma seus cuidados para ficar menos exposto aos riscos. “Sei que na rua estou bastante vulnerável à força dos carros, por isso procuro não ter pressa e seguir todas as normas, mesmo que esteja atrasado”, explica, destacando que, apesar de ainda estar longe do ideal, o número de ciclovias em Porto Alegre aumentou, assim como os estacionamentos para os ciclistas. “A ideia da bicicleta como meio de transporte virou símbolo de uma nova cidade possível”, analisa.

A capital gaúcha apresentou em 2008 um Plano Diretor Cicloviário que prevê 395 quilômetros de ciclovias. A implantação tem ocorrido de forma lenta. Até o fim de 2017, segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), serão 50 quilômetros. Ainda é pouco, mas o uso da bicicleta como meio de transporte parece prosperar, e surgem iniciativas para ajudar os ciclistas urbanos. O Biciponto, por exemplo, é um projeto de empreendedorismo social, com financiamento coletivo, que faz parceria com estabelecimentos comerciais para instalar um painel com kit de ferramentas, que podem ser usadas gratuitamente para reparos em bicicletas.

A iniciativa é elogiada por Mariam Pessah, para quem a bicicleta é muito mais do que um meio de transporte. Ela não imagina o cotidiano sem a sua “Cleta”. Pedalar lhe ajuda a refletir sobre a vida. “A Cleta é minha companheira. Quando estou sem forças, eu sei que posso confiar nela”, diz Mariam, que se define como “artivista” – estuda escrita criativa e também se engaja na luta feminista.

Ela, porém, alerta para os riscos de se aventurar no trânsito de Porto Alegre. Reclama que, às vezes, os motoristas não aceitam a presença de ciclistas entre os carros e se comportam de modo agressivo. Ela já sofreu alguns acidentes quando estava fora das ciclovias, mas diz que não pode deixar o medo paralisá-la.

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Pedala Uberlândia

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